Tipos de diabetes: Conheça 7 variações da doença

Tipos de diabetes: Conheça 7 variações da doença

Quantos tipos de diabetes existem? Você sabe a diferença entre eles?

Se você acredita que diabetes é uma doença única e simples, prepare-se para uma revelação: existem múltiplos tipos de diabetes, cada um com suas particularidades, riscos e formas de tratamento. E o cenário global é ainda mais alarmante.

Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o diabetes como uma das maiores epidemias do século XXI. Atualmente, mais de 422 milhões de pessoas convivem com a doença no mundo – um número que quadruplicou nas últimas três décadas.

No Brasil, a situação não é diferente: segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), cerca de 16,8 milhões de brasileiros têm diabetes, e metade deles nem sabe.

Mas por que esses números são tão assustadores?

O diabetes não controlado pode levar a complicações graves, como:

  • Amputações (o Brasil registra mais de 200 amputações por dia devido ao diabetes);
  • Cegueira (é a principal causa de perda de visão em adultos);
  • Doenças cardiovasculares (70% dos diabéticos morrem por infarto ou AVC).

E o futuro? A Federação Internacional de Diabetes (IDF) estima que, até 2045, o número de casos pode chegar a 700 milhões no mundo.

No Brasil, os diagnósticos devem crescer 65% nos próximos anos.

Mas calma, nem tudo é desesperador! Com informação e cuidados, é possível controlar e até prevenir muitos tipos de diabetes.

No artigo de hoje, eu vou te mostrar quais são os principais tipos da doença que existem, e as características e peculiaridades de cada um deles.

Quer saber quantos tipos de diabetes existem? É só continuar a leitura.

Vamos juntos?


Índice

Entendendo o Contexto da Diabetes: O Que Acontece no Corpo?

Antes de mergulharmos nos diferentes tipos de diabetes, precisamos entender: o que é diabetes, de fato?

O Papel da Glicose e da Insulina

Nosso corpo funciona como uma máquina perfeita – e o açúcar (glicose) é o seu principal combustível. Quando comemos, os alimentos são transformados em glicose, que entra na corrente sanguínea.

Aí entra a insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, que age como um “chaveiro”, abrindo as portas das células para que a glicose entre e vire energia.

O Problema: Quando o Sistema Falha

No diabetes, esse mecanismo dá errado. Pode ser porque:

  1. O pâncreas não produz insulina (como no diabetes tipo 1);
  2. O corpo não usa a insulina direito (como no diabetes tipo 2).

Resultado? A glicose fica acumulada no sangue, causando hiperglicemia – e é aí que os problemas começam.

Os Efeitos do açúcar no Corpo

O excesso de açúcar no sangue age como um veneno silencioso, danificando órgãos e vasos sanguíneos ao longo do tempo. Algumas consequências:

Rins: A hiperglicemia sobrecarrega os rins, podendo levar à insuficiência renal (30% dos casos de diálise no Brasil são por diabetes).
Olhos: O açúcar alto danifica os vasos da retina, causando retinopatia diabética (a maior causa de cegueira evitável em adultos).
Coração: Diabéticos têm 2 a 4 vezes mais risco de infarto e AVC.
Nervos: A neuropatia diabética causa formigamento, dor e até perda de sensibilidade nos pés.

Mas Afinal, Todo Diabetes é Igual?

Absolutamente não!

Existem vários tipos de diabetes, e cada um tem suas causas, sintomas e tratamentos. Alguns são autoimunes, outros estão ligados a hábitos de vida, e há até um tipo que não tem relação com açúcar no sangue.

E é sobre isso que vamos falar agora.


Quantos Tipos de Diabetes Existem?

Você sabia que não existe apenas um, mas vários tipos de diabetes? Alguns são mais conhecidos, como é o caso do tipo 2, outros são raros, como o Lada ou o Insipidus.

Principais Tipos de Diabetes

Aqui está um resumo rápido dos principais tipos de diabetes que existem:

  1. Diabetes Tipo 1 – Causado por um ataque autoimune ao pâncreas (falta de insulina).
  2. Diabetes Tipo 2 – Resistência à insulina, geralmente ligada a obesidade e sedentarismo, é o mais comum;
  3. Diabetes tipo 3 – Resistência à insulina ligada ao cérebro e ao sistema nervoso;
  4. Diabetes Gestacional – Aparece na gravidez e pode desaparecer depois;
  5. LADA (Diabetes Autoimune Latente em Adultos) – Um “meio-termo” entre tipo 1 e tipo 2;
  6. MODY (Diabetes Monogênico) – Forma genética e hereditária;
  7. Diabetes Insipidus – Não está relacionado ao açúcar no sangue, mas à falta de um hormônio antidiurético.

Agora que já te apresentei os diferentes tipos de diabetes, vamos falar tudo sobre cada um deles. Vem comigo?


1. Diabetes tipo 1

O tipo 1, é um dos tipos de diabetes mais conhecidos.

O diabetes tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune crônica em que o sistema imunológico ataca e destrói as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina.

Sem insulina, o corpo não consegue regular os níveis de glicose no sangue, levando a complicações graves se não for tratado adequadamente.

Curiosidades e Estatísticas:

  • Representa cerca de 5 a 10% dos casos de diabetes no mundo.
  • Geralmente se manifesta na infância ou adolescência, mas pode ocorrer em adultos (chamado de LADA – Diabetes Autoimune Latente do Adulto).
  • Aproximadamente 1,9 milhão de pessoas vivem com DM1 no mundo, segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF).
  • Não está diretamente ligado ao estilo de vida (como obesidade ou sedentarismo), ao contrário do diabetes tipo 2.

Causas do Diabetes Tipo 1

A causa exata ainda não é totalmente compreendida, mas envolve uma combinação de fatores:

  • Fatores genéticos: Pessoas com histórico familiar têm maior risco.
  • Fatores autoimunes: O sistema imunológico ataca erroneamente as células pancreáticas.
  • Fatores ambientais: Infecções virais (como enterovírus e rubéola) podem desencadear a doença em indivíduos predispostos.

Sintomas do Diabetes Tipo 1

Os sintomas do diabetes tipo 1 geralmente aparecem rapidamente (em semanas ou meses) e incluem:

  • Sede excessiva (polidipsia)
  • Fome constante (polifagia)
  • Vontade frequente de urinar (poliúria)
  • Perda de peso inexplicável
  • Fadiga e fraqueza
  • Visão embaçada
  • Irritabilidade e mudanças de humor
  • Náuseas e vômitos
  • Hálito cetônico (cheiro de fruta madura, devido à cetoacidose)
  • Infecções recorrentes (pele, gengivas, urinárias)
  • Cicatrização lenta de feridas
  • Formigamento nas mãos e pés (em casos avançados)

Como é Feito o Diagnóstico?

O diagnóstico é feito através de exames de sangue que medem os níveis de glicose. Veja os principais testes e seus valores de referência:

ExameNormalPré-DiabetesDiabetes
Glicemia em jejum< 99 mg/dL100-125 mg/dL≥ 126 mg/dL
Hemoglobina Glicada (A1C)< 5,7%5,7%-6,4%≥ 6,5%
Teste Tolerância Oral (TTG)< 140 mg/dL140-199 mg/dL≥ 200 mg/dL
Glicemia casual (qualquer hora)≥ 200 mg/dL + sintomas

Além disso, exames como dosagem de peptídeo C e anticorpos anti-GAD ajudam a confirmar o diabetes tipo 1.


Tratamento do Diabetes Tipo 1

Como o corpo não produz insulina, o tratamento é vitalício e inclui:

1. Insulinoterapia

A insulinoterapia é o tipo de tratamento mais comum para esse tipo de diabetes, os tipos são:

  • Insulina de ação rápida (Ex.: Humalog, Novorapid) – age em 15-30 min.
  • Insulina de ação curta (Ex.: Actrapid) – age em 30-60 min.
  • Insulina de ação intermediária (Ex.: NPH) – dura 12-18h.
  • Insulina de ação prolongada (Ex.: Lantus, Levemir) – dura até 24h.
  • Bombas de insulina (dispositivos que liberam insulina continuamente).

2. Monitoramento Contínuo de Glicose (MCG)

O monitoramento com aparelhos de diabetes é parte constante no tratamento do diabetes tipo 1.

Normalmente é feito com glicosímetros ou então com sensores acoplados diretamente no braço.

3. Dietoterapia e Controle Nutricional

Assim como em outros tipos de diabetes, o tratamento também envolve dietoterapia e controle nutricional.

  • Contagem de carboidratos para ajustar a dose de insulina.
  • Dieta equilibrada, rica em fibras, proteínas e gorduras boas.
  • Evitar açúcares simples e alimentos ultraprocessados.

4. Atividade Física

A prática de atividades físicas também é parte do tratamento, uma vez que exercícios ajudam a melhorar a sensibilidade à insulina.

O ideal é reunir exercícios de força, como musculação e atividades aeróbicas, como caminhadas, corridas, natação, andar de bicicleta.

  • Exercícios ajudam a melhorar a sensibilidade à insulina.
  • Cuidado com hipoglicemia pós-treino.

Formas de Prevenir o Diabetes Tipo 1

Como é uma doença autoimune, não há prevenção garantida, mas estudos investigam:

  • Aleitamento materno prolongado (pode reduzir risco em crianças predispostas).
  • Evitar exposição precoce a certos vírus.
  • Pesquisas com imunomoduladores para retardar o início em pessoas de alto risco.

Convivendo com o Diabetes Tipo 1

Viver com diabetes tipo 1 exige disciplina, mas é possível ter uma vida plena. As recomedações que dou para meu pacientes, também dou para vocês:

  • Monitore a glicose regularmente.
  • Ajuste a insulina conforme alimentação e atividades.
  • Tenha um plano de emergência para hipo/hiperglicemia.
  • Participe de grupos de apoio para trocar experiências.
  • Mantenha acompanhamento médico constante.

Com os avanços tecnológicos (como pâncreas artificial e novas insulinas), o controle está cada vez mais eficaz. O diabetes não define quem você é, mas sim como você lida com ele!


2. Diabetes tipo 2

Dando continuidade ao nosso artigo sobre diferentes tipos de diabetes chegamos ao tipo 2.

diabetes tipo 2 é uma doença crônica caracterizada pela resistência à insulina e/ou produção insuficiente desse hormônio, levando ao aumento dos níveis de glicose no sangue.

Diferentemente do diabetes tipo 1 (autoimune), o diabetes tipo 2 está fortemente associado a fatores como obesidade, sedentarismo e genética.

Curiosidades e Estatísticas

  • Cerca de 90% dos casos de diabetes são do tipo 2
  • Segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF), mais de 537 milhões de adultos vivem com a doença no mundo (dados de 2021).
  • No Brasil, estima-se que 16,8 milhões de pessoas tenham diabetes, mas quase metade não sabe.
  • A doença aumenta o risco de complicações como infarto, AVC, insuficiência renal e cegueira.

Causas do Diabetes Tipo 2

O desenvolvimento do diabetes tipo 2 está relacionado a:

  • Resistência à insulina (o corpo não usa a insulina corretamente).
  • Deficiência na produção de insulina pelo pâncreas.
  • Fatores genéticos (histórico familiar).
  • Obesidade e acúmulo de gordura abdominal.
  • Sedentarismo e dieta rica em açúcares e gorduras.
  • Idade (mais comum após os 40 anos, mas vem aumentando em jovens).
  • Síndrome dos ovários policísticos (SOP) e outras condições metabólicas.

Sintomas do Diabetes Tipo 2

Os sintomas podem ser leves no início, mas incluem:

  • Sede excessiva (polidipsia)
  • Aumento da fome (polifagia)
  • Vontade frequente de urinar (poliúria)
  • Cansaço e fraqueza
  • Visão embaçada
  • Feridas que demoram a cicatrizar
  • Infecções recorrentes (pele, urina, gengivas)
  • Formigamento nas mãos e pés (neuropatia)
  • Pele seca e coceira
  • Perda de peso inexplicável (em alguns casos)
  • Hálito cetônico (cheiro de fruta madura)
  •  Disfunção erétil (em homens)

Como é Feito o Diagnóstico?

Como em outros tipos de diabetes, o diagnóstico de diabetes tipo 2 é feito por exames de sangue, com os seguintes valores de referência:

ExameNormalPré-DiabetesDiabetes tipo 2
Glicemia em jejum< 99 mg/dL100-125 mg/dL≥ 126 mg/dL
Hemoglobina glicada (HbA1c)< 5,7%5,7%-6,4%≥ 6,5%
Teste de Tolerância à Glicose (TTG 75g)< 140 mg/dL140-199 mg/dL≥ 200 mg/dL

Observação: Se o paciente apresentar sintomas clássicos + glicemia casual ≥ 200 mg/dL, já pode ser diagnosticado com diabetes.


Tratamento do Diabetes Tipo 2

Como em outros tipos de diabetes, o controle do diabetes tipo 2 envolve:

1. Uso de Medicamentos (Via Oral e Injetáveis)

Muitos medicamentos são usados no tratamento do diabetes tipo 2, os principais são:

  • Metformina (Glifage®, Diaformin®) – reduz a produção de glicose no fígado.
  • Sulfonilureias (Glibenclamida, Glimepirida) – estimulam a produção de insulina.
  • Inibidores da DPP-4 (Sitagliptina, Vildagliptina) – aumentam a insulina após refeições.
  • GLP-1 (Liraglutida, Dulaglutida) – reduzem o apetite e melhoram a glicemia.
  • Insulina (NPH, Glargina, Lispro) – em casos avançados.

2. Dietoterapia

Como em outros tipos de diabetes, a dietoterapia é fundamental para o tratamento do tipo 2 da doença:

  • Baixo consumo de açúcar e carboidratos refinados.
  • Fibras, proteínas magras e gorduras boas (abacate, castanhas, peixes).
  • Controle de porções e índice glicêmico dos alimentos.

3. Mudança no Estilo de Vida

A mudança no estilo de vida também é fundamental para controlar o tipo 2 da doença.

  • Exercícios físicos regulares (150 min/semana).
  • Controle do peso (perda de 5-10% já melhora a resistência à insulina).
  • Monitoramento da glicemia (glicosímetros caseiros).

Formas de Prevenir o Diabetes Tipo 2

As formas de prevenir o diabetes tipo 2 são:

  • Manter peso saudável (evitar obesidade).
  • Praticar atividade física regular.
  • Reduzir açúcar e alimentos ultraprocessados.
  • Aumentar ingestão de fibras (vegetais, grãos integrais).
  • Evitar tabagismo e consumo excessivo de álcool.
  • Fazer check-ups anuais (principalmente após os 40 anos).

Convivendo com o Diabetes Tipo 2

diabetes tipo 2 não tem cura, mas pode ser controlado como ocorre em outros tipos de diabetes.

Isso é possível com acompanhamento médico, alimentação balanceada e hábitos saudáveis, é possível viver bem e evitar complicações. Pacientes devem:

  • Monitorar a glicose regularmente.
  • Seguir o tratamento à risca.
  • Evitar estresse e dormir bem.
  • Participar de grupos de apoio.

diabetes tipo 2 é uma doença séria, mas com cuidados adequados, é possível manter uma vida ativa e saudável.

Se você tem histórico familiar ou fatores de risco, faça exames e visite seu médico de confiança regularmente.


3. Diabetes Tipo 3

Dando continuidade ao nosso artigo sobre os diferentes tipos de diabetes, temos o diabetes tipo 3.

O termo diabetes tipo 3 ainda não é oficialmente reconhecido pela medicina tradicional, mas tem sido usado para descrever uma condição em que o cérebro desenvolve resistência à insulina, levando a alterações cognitivas semelhantes ao Alzheimer.

Alguns pesquisadores acreditam que essa forma de diabetes está ligada ao comprometimento do metabolismo da glicose no cérebro, contribuindo para a neurodegeneração.

Curiosidades e Estatísticas

  • Estudos sugerem que pessoas com diabetes tipo 2 têm um risco 50% maior de desenvolver Alzheimer, reforçando a ligação entre os tipos de diabetes e doenças cerebrais.
  • Pesquisas indicam que cerca de 80% dos pacientes com Alzheimer também apresentam resistência à insulina no cérebro.
  • A relação entre diabetes e declínio cognitivo tem sido chamada de “diabetes tipo 3” por alguns especialistas.

Causas do Diabetes Tipo 3

As causas ainda estão em estudo, mas as principais hipóteses incluem:

  • Resistência à insulina no cérebro, impedindo que os neurônios utilizem a glicose adequadamente.
  • Acúmulo de proteínas anormais, como beta-amiloide e tau, que também são marcadores do Alzheimer.
  • Fatores genéticos que aumentam a predisposição a doenças metabólicas e neurodegenerativas.
  • Histórico de diabetes tipo 2, que pode acelerar danos cerebrais.

Sintomas do Diabetes Tipo 3

Os sintomas se assemelham aos do Alzheimer e incluem:

  • Perda de memória recente
  • Dificuldade de concentração
  • Confusão mental
  • Desorientação espacial
  • Alterações de humor e personalidade
  • Dificuldade em realizar tarefas cotidianas
  • Problemas de linguagem (esquecer palavras simples)
  • Repetição de perguntas e frases
  • Dificuldade em tomar decisões
  • Apatia e falta de motivação
  • Agitação e ansiedade
  • Dificuldade em reconhecer pessoas familiares
  • Perda de habilidades motoras finas
  • Distúrbios do sono

Como É Feito o Diagnóstico?

O diagnóstico do diabetes tipo 3 ainda não é padronizado, mas alguns exames podem ajudar a identificar a resistência à insulina cerebral e o declínio cognitivo:

ExameValores NormaisAlteradoIndicativo de Problema
Glicemia em jejum70-99 mg/dL100-125 mg/dL (pré-diabetes)≥ 126 mg/dL (diabetes)
Hemoglobina glicada (HbA1c)< 5,7%5,7%-6,4% (pré-diabetes)≥ 6,5% (diabetes)
Teste de tolerância à glicose< 140 mg/dL (2h após)140-199 mg/dL (pré-diabetes)≥ 200 mg/dL (diabetes)
Ressonância magnética cerebralMostra atrofia cerebral
PET scan com marcador de amiloideDetecta placas beta-amiloides

Além disso, testes neuropsicológicos avaliam memória, linguagem e funções executivas.


Tratamento do Diabetes Tipo 3

Como a condição está ligada à resistência à insulina cerebral e neurodegeneração, o tratamento inclui:

1. Medicamentos

Como em outros tipos de diabetes, o tratamento do tipo 3 da doença, envolve o uso de fármacos pra baixar a glicose, além de medicamentos neurológicos.

  • Metformina (Glifage®) – Pode melhorar a sensibilidade à insulina no cérebro.
  • Inibidores da colinesterase (Donepezila/Aricept®) – Usados no Alzheimer para melhorar a cognição.
  • Memantina (Ebix®) – Controla os sintomas de demência.

2. Dietoterapia

A dietoterapia é fundamental para o diabético do tipo 3. As principais ações nesse caso são:

  • Dieta cetogênica – Reduz carboidratos e aumenta gorduras saudáveis, fornecendo energia alternativa ao cérebro.
  • Ômega-3 e antioxidantes – Protegem os neurônios.
  • Controle glicêmico – Evitar picos de açúcar no sangue.

3. Mudança de Estilo de Vida

Como ocorre em outros tipos de diabetes, mudanças no estilo de vida são parte do tratamento. As principais alterações devem ser:

  • Exercícios físicos – Melhoram a circulação cerebral.
  • Estimulação cognitiva – Leitura, jogos e aprendizado contínuo.
  • Sono regulado – Fundamental para a saúde cerebral.

Formas de Prevenir o Diabetes Tipo 3

Como a doença está associada aos tipos de diabetes e ao Alzheimer, a prevenção inclui:

  • Manter o controle glicêmico (evitar diabetes tipo 2).
  • Praticar exercícios regularmente.
  • Adotar uma dieta mediterrânea ou low-carb.
  • Evitar tabagismo e álcool em excesso.
  • Gerenciar o estresse (cortisol alto afeta o cérebro).
  • Manter a mente ativa com atividades intelectuais.

Convivendo com o Diabetes Tipo 3

Pacientes com suspeita de diabetes tipo 3 devem ter acompanhamento neurológico e endocrinológico. A família desempenha um papel essencial no suporte emocional e na estimulação cognitiva.

Estratégias como organização de rotina, uso de lembretes e terapia ocupacional podem melhorar a qualidade de vida.

Embora ainda não seja um diagnóstico oficial, entender a relação entre os tipos de diabetes e a saúde cerebral é crucial para avanços no tratamento e na prevenção de doenças neurodegenerativas.

Se você tem histórico de diabetes na família ou nota sinais de declínio cognitivo, é importante consultar médico para avaliação precoce.


4. Diabetes Gestacional

Aqui temos um dos tipos de diabetes mais conhecidos no universo médico e nutricional.

O diabetes gestacional (DG) é um tipo de diabetes que surge durante a gravidez, geralmente no segundo ou terceiro trimestre, e desaparece após o parto.

Ele ocorre quando o corpo da gestante não produz insulina suficiente para controlar os níveis de glicose no sangue, resultando em hiperglicemia.

Curiosidades e Estatísticas:

  • Afeta entre 2% e 14% das gestantes no mundo (dados variam conforme a população).
  • Mulheres acima do peso, com histórico familiar de diabetes ou síndrome dos ovários policísticos têm maior risco.
  • Se não controlado, pode levar a complicações como macrossomia fetal (bebê muito grande), parto prematuro e aumento do risco de diabetes tipo 2 no futuro.

Dentre os tipos de diabetes, o gestacional é temporário, mas requer cuidados especiais para evitar complicações materno-fetais.


Causas do Diabetes Gestacional

Como em outros tipos de diabetes, o diabetes gestacional ocorre devido a alterações hormonais da gravidez que interferem na ação da insulina.

A placenta produz hormônios (como lactogênio placentário e cortisol) que aumentam a resistência à insulina. Se o pâncreas não consegue compensar essa demanda, os níveis de glicose sobem.

Fatores de risco:

  • Idade materna avançada (acima de 35 anos).
  • Sobrepeso ou obesidade antes da gravidez.
  • Histórico de diabetes gestacional em gestações anteriores.
  • Parentes próximos com diabetes tipo 2.
  • Síndrome dos ovários policísticos (SOP).

Sintomas do Diabetes Gestacional

Muitas mulheres não apresentam sintomas evidentes, mas alguns sinais podem surgir. Os principais são:

  • Aumento da sede (polidipsia).
  • Vontade frequente de urinar (poliúria).
  • Cansaço excessivo.
  • Visão turva.
  • Infecções urinárias recorrentes.
  • Náuseas e vômitos além do comum na gravidez.
  • Aumento do apetite (polifagia).
  • Perda de peso sem motivo aparente.
  • Dificuldade na cicatrização de feridas.
  • Formigamento nas mãos e pés (em casos mais graves).

Como esses sintomas podem ser confundidos com alterações normais da gestação, o diagnóstico é feito principalmente por exames.


Como é Feito o Diagnóstico?

O rastreamento do diabetes gestacional é feito entre a 24ª e 28ª semana de gestação, mas pode ser antecipado em mulheres de alto risco. Os exames utilizados são:

1. Teste de Tolerância Oral à Glicose (TTG 75g)

A gestante faz um exame de glicemia em jejum e, depois, ingere 75g de glicose. Novas amostras de sangue são coletadas após 1h e 2h.

CondiçãoGlicemia em Jejum1h após glicose2h após glicose
Normal< 92 mg/dL< 180 mg/dL< 153 mg/dL
Alterado92 – 125 mg/dL≥ 180 mg/dL153 – 199 mg/dL
Diabetes Gestacional≥ 126 mg/dL≥ 200 mg/dL

2. Glicemia de Jejum

Valores acima de 126 mg/dL em duas ocasiões já indicam diabetes gestacional.


Tratamento do Diabetes Gestacional

O controle do diabetes gestacional inclui:

1. Dietoterapia

Da mesma forma que ocorre em outros tipos de diabetes, a dietoterapia no diabetes gestacional é importante e inclui:

  • Consumo de Carboidratos complexos (integrais) em vez de refinados.
  • Fibras (vegetais, legumes, aveia).
  • Proteínas magras (peixe, frango, tofu).
  • Gorduras saudáveis (abacate, castanhas, azeite).
  • Fracionamento das refeições (5 a 6 vezes ao dia).

2. Atividade Física

  • Exercícios moderados, como caminhadas, hidroginástica ou ioga para gestantes, ajudam a controlar a glicemia.

3. Medicamentos (se necessário)

Como em outros tipos de diabetes, é comum o uso de alguns medicamentos para controlar a glicose.

  • Insulina: Aplicada quando dieta e exercícios não são suficientes. Ex.: Insulina NPH, Insulina Regular.
  • Metformina: Em alguns casos, mas não é a primeira escolha.

Formas de Prevenir o Diabetes Gestacional

Da mesma maneira que fazemos em outros tipos da doença, a prevenção do diabetes gestacional inclui:

  • Manter um peso saudável antes da gravidez.
  • Praticar exercícios regularmente.
  • Evitar açúcares e alimentos ultraprocessados.
  • Monitorar a glicose se houver histórico familiar de diabetes tipo 2.

Convivendo com o Diabetes Gestacional

Apesar de temporário, o diabetes gestacional exige monitoramento constante da glicose, dieta equilibrada e acompanhamento médico.

A maioria das mulheres consegue controlá-lo sem medicamentos, mas, quando necessário, a insulina é segura para o bebê.

Após o parto, é importante reavaliar a glicose, pois mulheres que tiveram diabetes gestacional têm maior risco de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro.

Entre os tipos de diabetes, o gestacional é um alerta para cuidar da saúde a longo prazo, garantindo bem-estar para a mãe e o bebê.


5. Diabetes Lada

Quando falamos sobre tipos de diabetes, geralmente mencionamos o tipo 1 (autoimune) e o tipo 2 (resistência à insulina).

No entanto, existe uma forma intermediária e menos conhecida: o Diabetes LADA (Latent Autoimmune Diabetes in Adults), também chamado de Diabetes Tipo 1.5.

O LADA é uma condição autoimune que se desenvolve em adultos, geralmente após os 30 anos, e progride mais lentamente que o diabetes tipo 1 tradicional.

Estima-se que 5 a 10% dos diagnosticados como diabetes tipo 2 possuem, na verdade, LADA. Curiosamente, muitos pacientes são inicialmente tratados como diabéticos tipo 2, mas não respondem bem aos medicamentos convencionais, levando a um diagnóstico tardio.


Causas do Diabetes LADA

Assim como outros tipos de diabetes, o LADA tem uma origem multifatorial, mas sua principal causa é a destruição autoimune das células beta pancreáticas, responsáveis pela produção de insulina.

Alguns fatores envolvidos incluem:

  • Genética: Presença de genes como HLA-DR3 e HLA-DR4, associados a doenças autoimunes.
  • Fatores ambientais: Infecções virais, exposição a toxinas ou deficiência de vitamina D podem desencadear a autoimunidade.
  • Histórico familiar: Parentes com diabetes tipo 1 ou outras doenças autoimunes (como tireoidite de Hashimoto).

Diferentemente do diabetes tipo 2, o LADA não está diretamente ligado à obesidade ou sedentarismo, embora esses fatores possam acelerar sua progressão.


Sintomas do Diabetes LADA

Os sintomas do LADA podem ser confundidos com os de outros tipos de diabetes, mas geralmente incluem:

  • Sede excessiva (polidipsia)
  • Aumento da fome (polifagia)
  • Vontade frequente de urinar (poliúria)
  • Fadiga e fraqueza
  • Visão embaçada
  • Perda de peso inexplicável (mesmo com alimentação normal)
  • Dificuldade na cicatrização de feridas
  • Infecções recorrentes (urinárias, cutâneas)
  • Formigamento nas mãos e pés (neuropatia)
  • Pele seca e coceira
  • Náuseas ou vômitos (em casos avançados)
  • Mudanças de humor e irritabilidade
  • Hálito cetônico (cheiro de fruta madura, indicando cetoacidose)

Como esses sintomas surgem gradualmente, muitos pacientes só buscam ajuda quando já há complicações.


Como é Feito o Diagnóstico?

Como em outros tipos de diabetes, o diagnóstico do LADA envolve exames laboratoriais e avaliação clínica. Os principais testes incluem:

Tabela de Exames e Valores de Referência

ExameNormalPré-DiabetesDiabetes/LADA
Glicemia em jejum< 99 mg/dL100-125 mg/dL≥ 126 mg/dL
Hemoglobina glicada (HbA1c)< 5,7%5,7%-6,4%≥ 6,5%
Teste de tolerância à glicose (TTG-75g)< 140 mg/dL140-199 mg/dL≥ 200 mg/dL
Autoanticorpos (GAD, IA-2, ICA)NegativoPositivo (confirmatório para LADA)

Autoanticorpos: A presença de anticorpos como anti-GAD (presente em 80% dos casos de LADA) confirma a natureza autoimune.


Tratamento do Diabetes LADA

O tratamento do LADA combina terapia com insulina, medicamentos e mudanças no estilo de vida. Diferentemente do diabetes tipo 2, o uso de antidiabéticos orais (como metformina) pode não ser suficiente a longo prazo.

1. Medicamentos

Como em outros tipos de diabetes, o tratamento envolve o uso de medicamentos e também insulina, abaixo falo sobre os principais:

  • Insulina: Fundamental à medida que as células beta são destruídas. Exemplos: Lantus (glargina), Novorapid (aspart), Humalog (lispro).
  • Sulfonilureias (raro): Em estágios iniciais, mas com cautela (ex: Glibenclamida).
  • Inibidores de DPP-4 (ex: Januvia) ou agonistas de GLP-1 (ex: Victoza): Podem ajudar na preservação da função pancreática.
resistência a insulina

2. Dietoterapia

Como ocorre em outros tipos de diabetes, a dietoterapia é fundamental para o tratamento do diabetes lada e inclui principalmente:

  • Dieta low-carb ou mediterrânea: Controle glicêmico com ênfase em gorduras boas, proteínas e fibras.
  • Evitar açúcares refinados e ultraprocessados.

3. Exercícios Físicos

Os exercícios físicos também são importantes quando falamos em tratar o tipo lada.

  • Atividades aeróbicas (caminhada, natação) e musculação melhoram a sensibilidade à insulina.

4. Monitoramento Contínuo

E da mesma forma que ocorre em outros tipos de diabetes, o Lada necessita de acompanhamento contínuo de glicemia, algo feito com o uso de glicosímetros ou sensores de diabetes.


Formas de Prevenir o Diabetes LADA

Como o LADA tem forte componente genético, não existe prevenção absoluta, mas é possível retardar sua progressão:

  • Manter níveis adequados de vitamina D (associada à modulação imunológica).
  • Evitar tabagismo e consumo excessivo de álcool.
  • Dieta balanceada e atividade física regular.
  • Monitorar glicemia se houver histórico familiar de diabetes autoimune.

Convivendo com o Diabetes LADA

Viver com LADA exige adaptação e autocuidado. Como a doença progride lentamente, muitos pacientes inicialmente controlam a glicose com dieta e exercícios, mas eventualmente precisam de insulina.

  • Educação em diabetes: Acompanhamento com endocrinologista e nutricionista.
  • Grupos de apoio: Compartilhar experiências ajuda no emocional.
  • Tecnologia: Bomba de insulina e monitores contínuos facilitam o controle.

Diabetes LADA é um dos tipos de diabetes menos conhecidos, mas seu diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações.

Embora o LADA seja uma condição crônica, o tratamento adequado permite uma vida plena e ativa.


6. Diabetes MODY

Diabetes MODY (Maturity-Onset Diabetes of the Young) é um dos tipos de diabetes menos conhecidos, mas extremamente relevante por seu caráter genético e hereditário.

Diferente do diabetes tipo 1 (autoimune) e do tipo 2 (associado a resistência à insulina e estilo de vida), o MODY é causado por mutações em um único gene e geralmente se manifesta em adolescentes e adultos jovens, muitas vezes antes dos 25 anos.

Curiosidades e Estatísticas

  • Representa cerca de 1% a 5% de todos os casos de diabetes.
  • Existem pelo menos 14 subtipos de MODY, sendo os mais comuns o MODY 2 (mutação no gene GCK) e o MODY 3 (mutação no gene HNF1A).
  • Muitas vezes é confundido com diabetes tipo 1 ou tipo 2, levando a tratamentos inadequados.
  • Pode ser controlado sem insulina em muitos casos, dependendo do subtipo.

Causas do Diabetes MODY

Dentre os tipos de diabetes, o MODY se destaca por ser monogênico, ou seja, causado por uma mutação em um único gene.

Essa mutação é herdada de um dos pais (padrão autossômico dominante) e afeta a produção ou ação da insulina.

Principais Genes Envolvidos

  • GCK (MODY 2): Afeta a regulação da glicose no organismo.
  • HNF1A (MODY 3): Leva a uma diminuição progressiva na produção de insulina.
  • HNF4A (MODY 1): Também relacionado à produção de insulina.

Sintomas do Diabetes MODY

Os sintomas podem variar conforme o subtipo, mas geralmente incluem:

  • Hiperglicemia leve a moderada (açúcar elevado no sangue)
  • Histórico familiar forte de diabetes em várias gerações
  • Diagnóstico antes dos 25 anos, mesmo sem fatores de risco tradicionais
  • Ausência de obesidade (diferente do diabetes tipo 2)
  • Resistência à insulina ausente ou leve
  • Níveis flutuantes de glicose
  • Pouca ou nenhuma cetose (diferente do diabetes tipo 1)
  • Resposta positiva a sulfonilureias (em alguns subtipos)
  • Glicose elevada persistente, mas sem sintomas graves
  • Pode ser assintomático em alguns casos

Como É Feito o Diagnóstico?

O diagnóstico do diabetes MODY envolve exames específicos, já que os testes convencionais podem não diferenciá-lo de outros tipos de diabetes.

Exames e Valores de Referência

ExameNormalPré-DiabetesDiabetes
Glicemia em jejum< 99 mg/dL100-125 mg/dL≥ 126 mg/dL
Hemoglobina Glicada (A1C)< 5,7%5,7%-6,4%≥ 6,5%
Teste de Tolerância Oral< 140 mg/dL140-199 mg/dL≥ 200 mg/dL
  • Além disso, são necessários outros exames e avaliações, como:
  • Teste genético (identificação da mutação);
    Histórico familiar detalhado;
    Exclusão de autoanticorpos (para descartar diabetes tipo 1).

Tratamento do Diabetes MODY

O tratamento varia conforme o subtipo, mas pode incluir:

1. Medicamentos

Como em outros tipos de diabetes, nessa variação da doença é preciso usar medicamentos. Os mais comuns são:

  • Sulfonilureias (como Glibenclamida ou Gliclazida) – eficazes em MODY 1 e 3.
  • Inibidores de SGLT2 (como Dapagliflozina) – em alguns casos.
  • Terapia com insulina (apenas em casos específicos).

2. Dietoterapia

Como ocorre em outros tipos de diabetes, a dietoterapia é parte fundamental do tratamento e inclui:

  • Dieta equilibrada, com baixo índice glicêmico.
  • Controle de carboidratos refinados.

3. Mudanças no Estilo de Vida

A exemplo dos outros tipos de diabetes, o paciente como Mody precisa praticar atividades físicas de forma regular, controlar o estresse e monitorar a glicose de forma contínua.


Formas de Prevenir o Diabetes MODY

  • Como é uma condição genética, diferente dos outros tipos de diabetes mais comuns não há prevenção no sentido tradicional. Porém, é possível:
  • Identificar precocemente em famílias com histórico.
  • Monitorar a glicose desde a adolescência.
  • Evitar gatilhos como dietas ricas em açúcar.

Convivendo com o Diabetes MODY

Apesar de ser uma condição crônica e relativamente diferente de outros tipos de diabetes, muitos pacientes com MODY levam uma vida normal e saudável.

O segredo está no diagnóstico precisotratamento personalizado e acompanhamento médico regular. Com o manejo adequado, é possível evitar complicações e manter uma excelente qualidade de vida.

diabetes MODY é um dos tipos de diabetes mais incomuns, mas seu diagnóstico correto pode evitar tratamentos desnecessários. Se você tem histórico familiar de diabetes em jovens, considere investigar essa possibilidade com um endocrinologista.


7. Diabetes Insipidus

Diferente dos outros tipos de diabetes, essa doença não está relacionada ao açúcar no sangue, mas sim a um distúrbio na regulação de líquidos no corpo.

O diabetes insipidus (DI) é uma condição rara caracterizada pela incapacidade do corpo de equilibrar os níveis de água, levando à produção excessiva de urina diluída.

Existem dois tipos de diabetes insipidus:

  1. Central (Neurogênico): Causado pela deficiência do hormônio antidiurético (ADH ou vasopressina), produzido no hipotálamo.
  2. Nefrogênico: Ocorre quando os rins não respondem adequadamente ao ADH.

Curiosidades e Estatísticas:

  • Afeta cerca de 1 em 25.000 pessoas.
  • Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em adultos jovens.
  • Diferente dos outros tipos de diabetes, não está associado a altos níveis de glicose.

Causas do Diabetes Insipidus

Dependendo do tipo, as causas variam:

Diabetes Insipidus Central

As causas desse tipo de diabetes são:

  • Lesões cerebrais (traumatismo craniano, cirurgia)
  • Tumores na hipófise ou hipotálamo
  • Doenças inflamatórias (sarcoidose, histiocitose)
  • Infecções (meningite, encefalite)
  • Causas genéticas (raro)

Diabetes Insipidus Nefrogênico

No tipo nefrogênico, as causas são:

  • Doenças renais crônicas
  • Uso de medicamentos (lítio, demeclociclina)
  • Distúrbios genéticos (mutação no receptor de ADH)

Sintomas do Diabetes Insipidus

Os sintomas do diabetes insipidus são diferentes dos sinais dos outros tipos de diabetes que citamos e incluem principalmente:

  • Poliúria (produção excessiva de urina – mais de 3 litros/dia, podendo chegar a 15L)
  • Polidipsia (sede intensa e constante)
  • Desidratação
  • Fraqueza e fadiga
  • Tonturas ou vertigens
  • Pele seca
  • Irritabilidade
  • Dores de cabeça
  • Pressão arterial baixa
  • Taquicardia
  • Perda de peso inexplicável
  • Constipação
  • Febre (em casos graves)
  • Confusão mental (em desidratação severa)

Como é Feito o Diagnóstico?

Como em outros tipos de diabetes, o diagnóstico envolve exames clínicos e laboratoriais:

Exames Principais

ExameValores NormaisAlteradoDiabetes Insipidus
Dosagem de Sódio135–145 mEq/LElevado (>145 mEq/L)Elevado (desidratação)
Osmolaridade Sérica275–295 mOsm/kgAlta (>300 mOsm/kg)Alta
Osmolaridade Urinária300–900 mOsm/kgBaixa (<300 mOsm/kg)Muito baixa (<200 mOsm/kg)
Teste de Privação HídricaUrina não concentraUrina permanece diluída
Administração de ADHResposta normalMelhora (central) / Não melhora (nefrogênico)

Tratamento do Diabetes Insipidus

O tratamento varia conforme o tipo:

Diabetes Insipidus Central

Nesse tipo utilizam-se, normalmente os seguintes medicamentos:

  • Desmopressina (DDAVP) – Análogo sintético do ADH (spray nasal, comprimidos ou injetável).
  • Nomes comerciais: Minirin®, Noctiva®.

Diabetes Insipidus Nefrogênico

Já no nefrogênico, o tratamento envolve:

  • Hidratação rigorosa (ingerir água conforme a sede).
  • Diuréticos tiazídicos (Hidroclorotiazida) – Paradoxalmente, ajudam a reduzir a diurese.
  • Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) – Indometacina pode auxiliar em alguns casos.

Mudanças no Estilo de Vida

Como ocorre nos outros tipos de diabetes, mudanças no estilo de vida fazem parte do tratamento. As principais são:

  • Monitorar hidratação.
  • Evitar excesso de sal e proteínas na dieta.
  • Praticar exercícios moderados.

Formas de Prevenir

Como o diabetes insipidus pode ser causado por lesões ou doenças subjacentes, algumas medidas ajudam:

  • Evitar traumatismos cranianos (uso de capacetes em atividades de risco).
  • Monitorar uso de medicamentos nefrotóxicos (como lítio).
  • Tratar infecções e tumores precocemente.

Convivendo com a Doença

A exemplo do que ocorre nos outros tipos de diabetes, os pacientes com diabetes insipidus podem levar uma vida normal com o tratamento adequado. É essencial:

  • Manter hidratação constante (sempre carregar água).
  • Monitorar sinais de desidratação (boca seca, tonturas).
  • Ajustar doses de medicação conforme orientação médica.
  • Informar familiares e colegas sobre a condição.

Embora seja diferente dos outros tipos de diabetes, o diabetes insipidus exige cuidados específicos para garantir qualidade de vida.


Conclusão

Diferente do que muita gente pensa, existem muitos tipos de diabetes e cada um possui características e formas únicas de tratamento.

Entender as variações da doença é fundamental para um diagnóstico certeiro que possa promover um tratamento preciso.

Meu objetivo com esse artigo é trazer informação de qualidade para você que me lê.

E agora que você já conhece os diferentes tipos de diabetes que existem que tal compartilhar o que acabou de aprender?

Envie esse artigo para amigos, colegas e parentes que precisam conhecer os diferentes tipos de diabetes que existem.

Caso você ainda tenha dúvidas sobre diabetes e seus diferentes tipos é só deixar um comentário! Vou adorar te ajudar.

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Julia Liedge Carvalho

Biomédica, nutricionista e especialista em fitoterapia, nutrição clínica, diabetes e metabolismo. Atua no ramo da diabetes há mais de uma década com mais de 600 vidas transformadas!

Um comentário em “Tipos de diabetes: Conheça 7 variações da doença

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