Diabético pode comer mel? Conheça 4 tipos diferentes e descubra a resposta

Diabético pode comer mel? Conheça 4 tipos diferentes e descubra a resposta

Será que diabético pode comer mel? Essa é uma dúvida que muita gente tem e que precisa ser respondida com clareza.

Afinal, quem convive com o diabetes sabe que cada escolha alimentar pode fazer diferença. E quando falamos de mel, um alimento naturalmente doce, a preocupação aumenta.

Mas será que diabético pode comer mel mesmo? Ou será que esse é mais um daqueles alimentos que precisam ser riscados do cardápio de quem tem diabetes?

No meu consultório, essa pergunta aparece com frequência. E faz sentido. Muitas pessoas com diabetes vivem tentando entender o que podem ou não comer.

É um esforço constante, e eu sei bem disso. O que coloco no prato pode determinar se a glicemia vai ficar estável ou sair do controle.

Por isso, saber se diabético pode comer mel se tornou uma das dúvidas mais comuns nos últimos tempos.

Afinal, o mel é natural. E tudo que é natural costuma carregar a fama de ser saudável. Mas será que isso se aplica a quem tem diabetes?

Será que o fato de ser um produto direto da natureza faz com que ele seja seguro? Ou será que, mesmo sendo natural, o mel pode causar picos de açúcar no sangue?

Em outras palavras: diabético pode comer mel com tranquilidade ou isso representa um risco?

Eu decidi escrever este artigo justamente porque percebo como esse tipo de dúvida afeta o dia a dia de quem convive com o diabetes.

E mais do que responder rapidamente, quero explicar com calma, de forma simples, tudo que você precisa saber sobre o assunto.

Então, vamos juntos tirar essa dúvida de uma vez por todas: afinal, diabético pode comer mel?

A resposta você descobre ao longo do nosso artigo. Vamos juntos? Partiu!


O que é o mel e por que ele gera tanta dúvida em diabéticos?

O mel é um dos alimentos mais antigos da história da humanidade. Civilizações como os egípcios, os gregos e os romanos já utilizavam o mel não só como alimento, mas também como remédio.

Ele era valorizado por suas propriedades naturais, por seu sabor e até mesmo por seu uso em rituais e oferendas.

Desde então, muita gente acredita que, por ser um produto natural, ele só pode fazer bem. Mas será que diabético pode comer mel com essa mesma tranquilidade?

É aqui que começa a confusão. A fama de “natural” faz com que muita gente ache que não há riscos no consumo do mel.

Mas nem tudo que vem da natureza é automaticamente seguro para todos, especialmente para quem convive com o diabetes. Por isso, precisamos olhar para esse alimento com mais atenção.

O mel é rico em carboidratos

O mel é composto, basicamente, por carboidratos. Em uma colher de sopa, encontramos em média 17 gramas de carboidrato.

Isso significa que ele tem um alto potencial de impactar diretamente na glicemia. E quando falamos em glicemia, não tem como fugir da pergunta: diabético pode comer mel?

Se você já tentou adoçar um chá com mel e ficou em dúvida se estava fazendo a coisa certa, saiba que essa dúvida é mais comum do que parece.

O problema está no fato de que o mel, apesar de natural, tem alto poder de elevação da glicose no sangue.

Índice glicêmico, carga glicêmica e impacto no sangue

O índice glicêmico do mel varia entre 58 e 65, dependendo do tipo. Isso significa que ele é considerado um alimento de médio a alto índice glicêmico.

Já a carga glicêmica, que leva em conta a quantidade consumida, também é alta. O resultado? A glicose no sangue pode subir rápido, especialmente se o consumo for feito em jejum ou sem combinação com outros alimentos.

Ou seja, mesmo sendo natural, precisamos considerar o impacto metabólico.

A pergunta volta com força: diabético pode comer mel ou é melhor evitar completamente?

Por que o mel gera tanta dúvida em quem tem diabetes?

A principal razão é simples: muita gente acredita que usar mel é melhor do que usar açúcar. E de certa forma, isso pode até fazer sentido quando olhamos para vitaminas e minerais presentes no mel, mesmo que em pequenas quantidades.

No entanto, em termos de açúcar e impacto glicêmico, eles são bastante parecidos.


Diferentes tipos de mel

Muita gente não sabe, mas o mel pode variar bastante. Isso depende da flor que as abelhas visitam, da região onde ele é produzido, do método de extração e até do tempo de armazenamento.

E é comum escutar no consultório frases como: “Ah, mas esse aqui é mel puro!” ou “Esse é mel de laranjeira, então pode, né?”.

Mas será que essas diferenças mudam alguma coisa para quem tem diabetes? Será que, com algum tipo específico, o diabético pode comer mel com mais segurança?

Vamos entender melhor os principais tipos de mel e o que eles significam.

Mel silvestre

É um dos mais comuns no Brasil. As abelhas produzem esse tipo de mel a partir do néctar de várias flores diferentes. Ele tem sabor suave e costuma ser o mais fácil de encontrar em mercados.

Muitas pessoas acham que por ser “mais leve”, o diabético pode comer mel silvestre sem problemas. Mas não é bem assim: ele continua sendo rico em açúcares e impacta a glicemia do mesmo jeito.

Mel de laranjeira

Feito a partir da flor da laranjeira, esse mel costuma ter aroma mais suave e sabor delicado. É muito usado em receitas e para adoçar chás.

Pela origem, algumas pessoas acreditam que o diabético pode comer mel de laranjeira com mais tranquilidade. Mas a verdade é que, no corpo, o efeito é praticamente o mesmo de outros tipos.

Mel de eucalipto

Mais escuro, forte e com sabor marcante. O mel de eucalipto é muito usado por quem busca propriedades respiratórias, como no caso de gripes e resfriados.

Mas, mesmo que tenha uma fama “medicinal”, isso não muda o impacto que ele tem na glicemia. Ou seja, diabético pode comer mel de eucalipto? Com os mesmos cuidados dos demais, sem exageros.

Mel de jataí

Produzido por abelhas sem ferrão, o mel de jataí é considerado mais raro e valorizado. Ele tem sabor mais ácido e é mais líquido.

Por ser diferente, muita gente acha que diabético pode comer mel de jataí com mais liberdade. Mas essa ideia é um mito. O teor de carboidrato segue elevado.


E então, existe mel melhor para quem tem diabetes?

A resposta é direta: não. Em termos de impacto na glicemia, não há grandes diferenças entre os tipos de mel. Todos são ricos em açúcares simples e têm índice glicêmico relativamente alto. Isso significa que, independentemente da origem, o cuidado deve ser o mesmo.

É por isso que surge a dúvida: diabético pode comer mel como substituto do açúcar? Ou estamos trocando seis por meia dúzia?


Mel versus açúcar: qual é pior para quem tem diabetes?

Essa é uma das perguntas mais comuns que escuto no consultório: “Afinal, é melhor adoçar com mel do que com açúcar?” A dúvida é válida e merece ser esclarecida com calma, sem alarmismo, mas com sinceridade.

Vamos olhar para os dois com atenção e entender, de uma vez por todas, se o diabético pode comer mel no lugar do açúcar ou se estamos apenas trocando um por outro, com o mesmo efeito no organismo.

O açúcar refinado: o mais conhecido vilão

O açúcar refinado é composto basicamente por sacarose, um tipo de carboidrato simples que é rapidamente absorvido pelo corpo.

Isso faz com que a glicemia suba de forma rápida, especialmente quando consumido isoladamente ou em grandes quantidades. Por isso, há tanto cuidado quando o assunto é o consumo de açúcar por quem tem diabetes.

E o mel, é tão diferente assim?

O mel também é composto por açúcares simples, principalmente frutose e glicose. Esses dois tipos de açúcar, assim como a sacarose, têm absorção rápida.

O que isso quer dizer na prática? Que, mesmo sendo “natural”, o mel causa uma elevação rápida na glicemia. Ou seja, do ponto de vista do açúcar no sangue, o impacto é muito parecido.

Por isso, a pergunta “diabético pode comer mel?” não pode ser respondida com um simples “sim” só porque ele vem da natureza.

Comparando: colher por colher

Uma colher de sopa de açúcar tem em média 10 a 12g de carboidrato. Já uma colher de mel, entre 16 a 18g. Ou seja, o mel tem até mais carboidratos por colher do que o açúcar.

Isso surpreende muita gente! Muita gente acha que está fazendo uma troca inteligente ao substituir açúcar por mel, mas na prática, o efeito na glicemia pode ser até maior.

Ainda assim, há quem diga que o mel tem mais vitaminas e minerais e é verdade. Mas essas quantidades são muito pequenas.

Não dá para considerar o mel como um “alimento funcional” só por isso. E, de novo, a pergunta volta: diabético pode comer mel como uma opção melhor do que o açúcar? Quando o assunto é glicemia, a resposta é: não necessariamente.

Em termos de glicemia, são quase a mesma coisa

É importante deixar isso claro: tanto o mel quanto o açúcar afetam a glicemia de forma semelhante. Os dois são fontes de carboidratos simples e têm alto índice glicêmico.

Isso significa que a resposta do corpo é rápida e intensa exatamente o que o diabético precisa evitar.

Então, diabético pode comer mel achando que está fazendo uma escolha mais saudável? Só com muito cuidado. A diferença entre eles é muito pequena quando o que está em jogo é o controle do açúcar no sangue.


E afinal, diabético pode comer mel em alguma situação?

Depois de tudo que falamos, talvez a resposta já esteja clara, mas vale reforçar com todas as letras: o mel não é um alimento recomendado para quem tem diabetes.

A ideia de que o mel seria uma opção mais saudável ou menos prejudicial do que o açúcar é, na prática, um mito. E se você convive com a diabetes, precisa estar atento a isso.

Muita gente se deixa levar pela fama do mel como alimento natural, cheio de propriedades e benefícios.

Mas quando o assunto é o controle glicêmico, o mais importante a observar é o impacto que o alimento causa na glicemia.

E, nesse ponto, o mel se comporta praticamente da mesma forma que o açúcar refinado.

Ao longo do texto, mostramos que todos os tipos de mel têm alto teor de carboidratos simples. Ou seja, são rapidamente absorvidos pelo corpo e fazem o açúcar no sangue subir em pouco tempo.

Por isso, a pergunta “diabético pode comer mel?” precisa sempre ser analisada com responsabilidade.

E a verdade é que o diabético pode comer mel apenas em situações muito específicas e com muita moderação.

Um exemplo clássico é quando a pessoa está com hipoglicemia (queda brusca no açúcar no sangue) e precisa de uma fonte rápida de glicose.

Nesse caso, o mel pode até ser usado como estratégia emergencial, mas isso não significa que ele seja liberado no dia a dia.

Além disso, se você é diabético e consome mel com frequência acreditando que está fazendo uma escolha mais “natural”, talvez seja hora de repensar.

Essa ideia pode atrapalhar o controle da sua saúde a longo prazo.

Resposta direta, sem enrolação:

Então, diabético pode comer mel? A resposta mais segura é: não deve. A não ser em situações pontuais, com orientação profissional e em quantidades mínimas.

No geral, o mel deve ser evitado por quem tem diabetes não por ser um veneno, mas porque seu efeito na glicemia é tão alto quanto o do açúcar. E quando se trata da sua saúde, cada detalhe conta.


Perguntas e respostas

E como a gente costuma fazer por aqui, peguei as principais perguntas que recebo dos meus pacientes sobre o consumo de mel por diabético.

A dica que dou aqui é a seguinte: leia as dúvidas a seguir com bastante atenção, elas são um resumo de tudo o que falamos aqui no artigo, além de serem perguntas reais do dia a dia de quem tem diabetes. Bora conferir?

1. Diabético pode comer mel todos os dias?
Não. Diabético não deve comer mel diariamente, pois o mel aumenta rapidamente o açúcar no sangue. Mesmo sendo natural, ele pode desregular a glicemia, o que não é bom para quem tem diabetes.

2. Qual é o impacto do mel na glicemia?
O mel tem alto índice glicêmico e é rico em carboidratos simples. Isso significa que ele faz o açúcar no sangue subir rápido, o que não é ideal para quem tem diabetes.

3. Existe algum tipo de mel que o diabético pode comer?
Não. Apesar de existirem diferentes tipos de mel, todos têm um efeito muito parecido no organismo. Então, diabético pode comer mel? A resposta continua sendo não, independentemente do tipo.

4. O mel é melhor que o açúcar para quem tem diabetes?
Na prática, não. Tanto o mel quanto o açúcar aumentam a glicemia de forma semelhante. A ideia de que o mel seria mais saudável não se aplica quando falamos de diabetes. Por isso, diabético pode comer mel? Não, e o mesmo vale para o açúcar.

5. Diabético pode comer mel em alguma situação?
Somente em casos emergenciais, como uma crise de hipoglicemia, onde é necessário subir rapidamente o nível de açúcar no sangue. Mesmo assim, deve ser em pouca quantidade e com orientação médica.

6. Existe alguma quantidade segura de mel para diabéticos?
O ideal é evitar completamente. Se for consumir, que seja algo muito pontual, em quantidade mínima e sempre com orientação profissional. No geral, diabético não deve comer mel com frequência.

7. Crianças diabéticas podem consumir mel?
Não é recomendado. Assim como em adultos, o mel pode descontrolar a glicemia das crianças com diabetes. Por isso, ele deve ser evitado.

8. Quais são as melhores opções para substituir o mel?
Adoçantes naturais como stevia, eritritol e, com moderação, xilitol, são alternativas mais seguras. Eles adoçam sem causar os picos de glicemia que o mel causa. Então, em vez de se perguntar se diabético pode comer mel, vale mais a pena buscar substituições inteligentes.


Melhores substitutos para o mel

Agora que você já sabe a resposta para a pergunta “diabético pode comer mel?” que tal compartilhar todos o conhecimento aqui adquirido?

Envie esse artigo para amigos, colegas de trabalho ou parentes que têm diabetes e precisam saber quais são os efeitos do mel na saúde de diabéticos.

E se você ainda tiver alguma dúvida sobre mel e diabetes, é só deixar um comentário. Vou adorar te ajudar.

E certamente está se perguntando, mas como então vamos adoçar os preparos culinários, ou então um chá ou café?

Na verdade existem algumas opções que funcionam bastante quando falamos de adoçar preparações para quem tem diabetes.

Há suplementos disponíveis no mercado que tem um poder de adoçar de forma bastante satisfatória e mais importante de tudo: não afetam a glicemia!

Escrevi um artigo especial sobre esses adoçantes que podem ser usados com segurança por quem tem diabetes. Quer saber quais são? É simples, basta clicar no link abaixo e ler esse texto especial.

Qual o melhor adoçante para diabéticos

Qual o melhor adoçante para diabéticos: 4 opções certeiras para controlar a glicemia!

Julia Liedge Carvalho

Formada em biomedicina e nutrição, é especialista em fitoterapia, nutrição clínica, diabetes & metabolismo. Atua atendendo pacientes diabéticos há mais de uma década, com mais de 1.500 vidas transformadas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *