Diabetes tipo 5: Conheça a nova forma da doença

Você já ouviu falar em diabetes tipo 5? Pois é, essa pergunta pode parecer estranha à primeira vista. Afinal, muita gente só conhece o tipo 1 e o tipo 2.
Talvez você já tenha ouvido algo sobre o tipo 3, ou até sobre o tipo LADA. Mas diabetes tipo 5? Essa é nova pra quase todo mundo.
Apesar de ainda ser pouco falado, o diabetes tipo 5 foi reconhecido recentemente pela Federação Internacional de Diabetes como uma forma distinta da doença. E embora o nome pareça novo, ele não é tão recente assim.
Na verdade, essa condição já havia sido descrita há mais de 70 anos. Na época, era conhecida como “diabetes tropical” — um nome que caiu em desuso com o tempo.
O primeiro caso foi registrado na Jamaica, e desde então, outros relatos surgiram, especialmente em regiões tropicais e em populações mais vulneráveis.
Aos poucos, a ciência começou a olhar com mais atenção para esse tipo de diabetes, percebendo que ele tem características muito específicas, diferentes das outras formas que já conhecemos.
No artigo de hoje, vou trazer para você o que já existe de informações sobre o diabetes tipo 5.
Se você quer saber mais sobre essa variação da doença é só seguir na leitura junto comigo. Vamos começar?
O que é o diabetes tipo 5?
Apesar do nome diferente, o diabetes tipo 5 é uma forma séria da doença. Ele costuma surgir em pessoas muito magras, geralmente em países tropicais e com poucos recursos.
Por isso, durante muito tempo, foi chamado de “diabetes tropical”.
Esse tipo de diabetes tem uma ligação forte com a desnutrição. Em especial, com a falta de proteína na infância.
Diferente do tipo 1, que é autoimune, e do tipo 2, que tem relação com o excesso de peso e resistência à insulina, o diabetes tipo 5 tem um histórico marcado pela pobreza, má alimentação e infecções repetidas ao longo da vida.
É uma forma da doença que aparece cedo, ainda na juventude. Mas ao contrário do que muitos imaginam, ela não exige insulina logo de cara.
E esse é um dos motivos pelos quais, durante muito tempo, ela foi mal compreendida e, muitas vezes, mal tratada também.
A pessoa com diabetes tipo 5 pode apresentar sintomas parecidos com outros tipos da doença, como muita sede, urina frequente e perda de peso.
Mas há uma diferença importante: mesmo com níveis altos de glicose no sangue, o pâncreas ainda produz alguma insulina — só que em menor quantidade.
Esse detalhe faz toda a diferença no tratamento e no cuidado ao longo da vida.
Quais são as causas do diabetes tipo 5?
As causas do diabetes tipo 5 estão fortemente ligadas a fatores sociais e nutricionais.
Ao contrário de outros tipos de diabetes, que muitas vezes têm relação com genética, obesidade ou doenças autoimunes, esse tipo específico tem uma origem mais associada à pobreza e à falta de acesso à alimentação adequada.
Durante a infância, a pessoa que desenvolve diabetes tipo 5 normalmente passou por fases longas de desnutrição, especialmente com falta de proteína na dieta.
Isso acaba prejudicando o desenvolvimento do pâncreas — o órgão responsável por produzir insulina. Ao longo do tempo, esse pâncreas se torna menos eficiente.
Infecções repetidas, falta de saneamento básico e pouca variedade alimentar também contribuem para esse quadro.
É por isso que o diabetes tipo 5 aparece com mais frequência em regiões tropicais e em comunidades mais vulneráveis.
Essa relação entre pobreza e saúde ainda é um grande desafio, e o diabetes tipo 5 é um reflexo claro disso.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do diabetes tipo 5 pode ser um verdadeiro desafio. Como ele é pouco conhecido, é comum que a pessoa passe por outros diagnósticos antes, como tipo 1 ou tipo 2.
Em geral, o médico vai observar os sintomas clássicos do diabetes — como muita sede, urina em excesso e perda de peso —, mas também vai considerar o histórico da pessoa: desnutrição na infância, corpo muito magro, histórico de infecções frequentes e baixa ingestão de proteínas ao longo da vida.
Os exames de sangue vão mostrar glicose alta, como em outros tipos de diabetes. Mas um detalhe chama a atenção: mesmo com o açúcar elevado, o corpo ainda tem alguma produção de insulina.
É como se o organismo ainda tentasse se defender, mas não conseguisse dar conta sozinho.
Com o tempo, outros exames podem ser feitos para descartar o tipo 1 (que é autoimune) e o tipo 2 (associado à resistência à insulina).
Quando essas opções não se encaixam, e o histórico da pessoa aponta para fatores nutricionais, o diabetes tipo 5 se torna a principal hipótese.

Quais são os sintomas do diabetes tipo 5?
Os sintomas do diabetes tipo 5 são muito parecidos com os de outros tipos de diabetes. Isso pode confundir tanto o paciente quanto os profissionais de saúde.
Entre os sinais mais comuns estão:
- Muita sede;
- Urinar várias vezes ao dia, inclusive à noite;
- Cansaço frequente;
- Perda de peso, mesmo comendo bem;
- Fraqueza muscular;
- Infecções frequentes.
Um sinal importante é o corpo muito magro, até mesmo com aparência de desnutrição, mesmo em adultos.
O histórico de alimentação pobre em proteína e a ausência de gordura corporal são pistas que ajudam no diagnóstico do diabetes tipo 5.
Qual é o tratamento?
O tratamento do diabetes tipo 5 depende muito da fase em que ele é diagnosticado e do estado de saúde da pessoa.
Como o pâncreas ainda consegue produzir um pouco de insulina, o uso de medicamentos orais pode ser suficiente no início. Em alguns casos, a insulina só entra na rotina depois de algum tempo.
Mas o ponto central do tratamento está na alimentação. Como essa forma da doença está ligada à desnutrição, é fundamental garantir uma dieta equilibrada, rica em proteínas e calorias adequadas.
É aí que o acompanhamento com um nutricionista faz toda a diferença.
Reposição de vitaminas e minerais também pode ser necessária, já que muitas dessas pessoas vêm de um histórico de carências nutricionais graves.
Além da alimentação e da medicação, o cuidado com a saúde emocional também é essencial. Lidar com o diabetes tipo 5 não é fácil, especialmente quando a pessoa já enfrentou tantas dificuldades na vida.
É possível prevenir o diabetes tipo 5?
Essa é uma das partes mais delicadas da conversa. A prevenção do diabetes tipo 5 passa por questões muito maiores do que a escolha individual.
Envolve políticas públicas, combate à fome, acesso a uma alimentação de qualidade e melhorias nas condições básicas de vida.
Ainda assim, quando falamos de prevenção, precisamos lembrar da importância de cuidar bem das crianças, desde cedo.
Uma infância com boa nutrição, acesso à escola, vacinação em dia e água limpa pode fazer toda a diferença.
Se você tem filhos ou cuida de crianças, garantir uma alimentação variada e rica em proteínas é uma forma de protegê-las do risco de desenvolver o diabetes tipo 5 mais adiante.
Diferentes tipos de diabetes
Falar sobre diabetes tipo 5 é também falar sobre desigualdade, sobre histórias de vida marcadas por luta e superação. Essa forma de diabetes ainda é pouco conhecida, mas isso não quer dizer que ela não seja real. Ela existe, tem nome, tem causas, tem tratamento — e merece atenção.
Se você chegou até aqui buscando respostas, saiba que você não está sozinho. Muita gente passa anos tentando entender o que tem, ouvindo diagnósticos incompletos, sentindo que algo não se encaixa. E quando finalmente descobre que o nome disso é diabetes tipo 5, pode surgir um misto de alívio e preocupação.
O mais importante agora é saber que é possível viver bem, mesmo com o diagnóstico. Com o cuidado certo, apoio profissional e uma alimentação adequada, a vida pode seguir com mais qualidade, mais força e mais dignidade.
E se você conhece alguém que pode estar enfrentando essa condição, compartilhe esse conteúdo. Espalhar informação é uma forma poderosa de cuidar do outro.
E já que acabei de te apresentar o diabetes tipo 5 que tal conhecer outras variações da doença? Preparei um artigo especial com praticamente todos os tipos de diabetes que existem. Para conhecer cada um deles você só precisar clicar abaixo!