Qual diabetes mais grave, tipo 1 ou tipo 2?

Você já se perguntou: qual diabetes é mais grave? O tipo 1 ou o tipo 2? Essa á uma pergunta que pode parecer despretensiosa, mas ouço bastante no consultório.
A diabetes é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo.
Você sabia que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 422 milhões de pessoas têm diabetes?
No Brasil, aproximadamente 16 milhões de pessoas convivem com essa doença, e os números só aumentam ano após ano. Mas, entre os dois tipos principais de diabetes, qual é a mais grave: diabetes tipo 1 ou tipo 2?
Antes de respondermos essa pergunta, é importante entender o que é a diabetes, como ela afeta o corpo e por que está crescendo tanto.
O diabetes tipo 1 é uma condição autoimune, onde o sistema imunológico ataca as células do pâncreas que produzem insulina.
Já o diabetes tipo 2 está relacionado principalmente a fatores de estilo de vida, como obesidade e sedentarismo, e é caracterizado pela resistência à insulina.
Nos próximos tópicos, vamos explorar as diferenças entre esses dois tipos de diabetes, como são diagnosticados e os impactos que causam na saúde.
Ao final, vamos responder de forma clara e objetiva: qual diabetes mais grave?
Diferenças entre diabetes tipo 1 e tipo 2
Antes de falar sobre qual diabetes mais grave, vamos falar rapidamente sobre os dois principais tipos da doença!
O que é a diabetes tipo 1?
A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, geralmente diagnosticada na infância ou adolescência, embora possa ocorrer em qualquer idade.
Nesse tipo de diabetes, o sistema imunológico do corpo ataca as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina.
Sem insulina suficiente, o corpo não consegue regular adequadamente os níveis de glicose no sangue.
Principais sintomas da diabetes tipo 1:
- Aumento da sede
- Urinação frequente
- Cansaço excessivo
- Perda de peso sem explicação
- Visão turva
O tratamento da diabetes tipo 1 requer a administração diária de insulina, já que o corpo não consegue produzir mais dessa substância vital.
O que é a diabetes tipo 2?
A diabetes tipo 2 é mais comum em adultos, especialmente aqueles com mais de 40 anos, mas também está cada vez mais sendo diagnosticada em jovens, devido ao aumento de casos de obesidade.
Nesse tipo de diabetes, o corpo não usa a insulina adequadamente (resistência à insulina), ou o pâncreas não consegue produzir insulina suficiente para manter os níveis de glicose controlados.
Principais sintomas da diabetes tipo 2:
- Sede excessiva
- Fome constante
- Cansaço
- Infecções frequentes
- Feridas que demoram a cicatrizar
O tratamento da diabetes tipo 2 geralmente começa com mudanças no estilo de vida, como uma alimentação balanceada e prática regular de exercícios, mas também pode incluir medicamentos orais e, em alguns casos, insulina.
Como é feito o diagnóstico da diabetes?
O diagnóstico da diabetes é feito por meio de exames de sangue específicos que medem a quantidade de glicose no sangue. Os exames mais comuns incluem:
1. Glicose em jejum
Esse exame mede a quantidade de glicose no sangue após um período de jejum de pelo menos 8 horas. Um valor de glicose em jejum superior a 126 mg/dL pode indicar diabetes.
2. Insulina em jejum
A insulina também pode ser medida em jejum para avaliar como o corpo está respondendo à insulina. Valores elevados de insulina em jejum podem sugerir resistência à insulina, um sinal de diabetes tipo 2.
3. HOMA IR (Homeostasis Model Assessment of Insulin Resistance)
Esse é um cálculo que avalia a resistência à insulina, um dos principais fatores do diabetes tipo 2. Um valor elevado de HOMA IR indica que o corpo não está respondendo corretamente à insulina.
4. Teste de Tolerância Oral à Glicose
Esse teste envolve a ingestão de uma solução com glicose e a medição dos níveis de glicose no sangue após 2 horas. Se os níveis de glicose estiverem acima de 200 mg/dL, isso pode indicar diabetes.
5. Glicose pós-prandial
Esse exame mede a glicose no sangue após uma refeição. Níveis elevados de glicose pós-prandial podem ser um indicativo de diabetes tipo 2.

Impactos na saúde da diabetes tipo 1 e tipo 2
A diabetes, seja tipo 1 ou tipo 2, pode afetar muitos aspectos da saúde ao longo do tempo.
A falta de controle adequado dos níveis de glicose no sangue pode causar sérios danos ao corpo, como:
Impactos comuns para ambos os tipos:
- Problemas cardíacos: A diabetes aumenta o risco de doenças cardíacas.
- Danos aos nervos (neuropatia): Pode causar dor, formigamento e perda de sensação nos pés e mãos.
- Danos aos rins (nefropatia): A diabetes é uma das principais causas de insuficiência renal.
- Danos à visão (retinopatia): Pode levar à perda de visão se não controlada adequadamente.
- Problemas na cicatrização: Feridas podem demorar mais para cicatrizar, especialmente nos pés.
Impactos específicos para diabetes tipo 1:
- Cetoacidose diabética: Uma complicação grave onde o corpo começa a produzir ácidos chamados cetonas, o que pode ser fatal se não tratado rapidamente.
- Hipoglicemia: Baixos níveis de glicose no sangue, frequentemente causados pela administração excessiva de insulina.
Impactos específicos para diabetes tipo 2:
- Síndrome metabólica: A diabetes tipo 2 pode estar associada a outros problemas como hipertensão, obesidade e níveis elevados de colesterol.
- Acidente vascular cerebral (AVC): A resistência à insulina pode aumentar o risco de AVC.
Qual diabetes é mais grave, tipo 1 ou tipo 2?
Agora que já exploramos as características de ambos os tipos de diabetes, podemos tentar responder à pergunta: qual diabetes mais grave, tipo 1 ou tipo 2?
A resposta não é tão simples, pois depende de vários fatores. A diabetes tipo 1, por ser uma doença autoimune que requer insulina para a sobrevivência, pode ser considerada mais grave em termos de urgência no tratamento, especialmente em crianças e adolescentes, onde as complicações podem se desenvolver rapidamente.
Complicações como a cetoacidose diabética podem ser fatais se não tratadas imediatamente.
Por outro lado, a diabetes tipo 2, embora mais comum e muitas vezes mais lenta no seu desenvolvimento, pode ter um impacto devastador na saúde a longo prazo.
Se não tratada corretamente, pode levar a complicações graves, como doenças cardíacas, insuficiência renal e amputações.
Em termos de gravidade imediata, a diabetes tipo 1 pode ser mais desafiadora devido à necessidade de insulina e o risco de cetoacidose.
No entanto, a diabetes tipo 2, se negligenciada, pode causar complicações de longo prazo que são igualmente sérias.
Portanto, a resposta depende do contexto e da gravidade do controle de cada tipo de diabetes.
Ambos os tipos de diabetes requerem um cuidado constante e monitoramento adequado para evitar complicações sérias.
Diferentes tipos de diabetes
Como te expliquei, é difícil afirmar qual diabetes mais grave, o ideal é manter a doença sob controle independentemente do tipo, uma vez que tanto o tipo 1, quanto o tipo 2 podem causar uma série de complicações.
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