Nefropatia diabética: 10 curiosidades e informações sobre a condição de saúde

Nefropatia diabética: 10 curiosidades e informações sobre a condição de saúde

Você já ouviu falar em nefropatia diabética? Esse nome pode parecer complicado, mas ele representa uma das complicações mais sérias que podem surgir em pessoas com diabetes.

E olha, infelizmente, é mais comum do que a gente imagina. Estima-se que cerca de 40% das pessoas com diabetes tipo 1 ou tipo 2 vão desenvolver algum grau de nefropatia ao longo da vida.

Isso é quase metade! E o mais preocupante é que, muitas vezes, o problema só dá sinais quando já está avançado.

Eu sei que só de ouvir a palavra “rim” muita gente já fica preocupada. E com razão. Os rins são órgãos fundamentais para o bom funcionamento do nosso corpo.

Eles filtram o sangue, eliminam toxinas, regulam o sal e a água no organismo e ainda ajudam a controlar a pressão arterial. Quando os rins começam a falhar, como acontece na nefropatia diabética, a saúde toda entra em desequilíbrio.

O que me motivou a escrever esse texto foi justamente isso: trazer uma explicação clara, direta e acolhedora sobre o assunto.

Sem termos difíceis, sem enrolação. Quero que você entenda o que é a nefropatia diabética, por que ela acontece, quais são os sinais de alerta e, principalmente, como é possível conviver com ela mantendo qualidade de vida.

A informação pode salvar vidas. E quando se trata de diabetes, conhecer os riscos é o primeiro passo para evitar complicações. Vamos juntos entender tudo sobre a nefropatia diabética, para que você possa cuidar melhor de si ou de quem você ama. Pode confiar, estou aqui para te ajudar nesse caminho.

Vamos juntos entender mais sobre essa condição derivada do diabetes?


O que é nefropatia diabética

A nefropatia diabética é uma complicação que atinge os rins de pessoas com diabetes.

Quando a glicose no sangue permanece alta por muito tempo, ela começa a afetar os vasos sanguíneos do corpo todo, inclusive os que irrigam os rins.

Esses pequenos vasos, chamados capilares, são responsáveis por filtrar o sangue e eliminar as impurezas através da urina. Mas com o tempo, esse sistema de filtragem começa a falhar.

Para simplificar, imagine que os rins funcionam como uma peneira.

No início, quando tudo está bem, só o que precisa sair é filtrado. Mas quando a nefropatia diabética começa a agir, essa peneira vai se desgastando, ficando furada, e passa a deixar escapar coisas que deveriam ficar no corpo, como proteínas importantes.

Ao mesmo tempo, o rim começa a ter mais dificuldade em eliminar o que realmente precisa ser descartado.

Essa condição é progressiva. Ou seja, ela não surge de repente, mas vai se desenvolvendo aos poucos, ao longo de anos.

E o mais assustador é que, no começo, a pessoa pode não sentir absolutamente nada. É por isso que o acompanhamento médico frequente é tão importante.

Pequenas alterações nos exames já podem indicar que os rins estão começando a sofrer.

A nefropatia diabética é uma das principais causas de insuficiência renal no mundo. E quando o rim para de funcionar por completo, o tratamento passa a depender de hemodiálise ou, em casos mais graves, de um transplante.

Mas a boa notícia é que, quando descoberta cedo, essa condição pode ser controlada. Com mudanças no estilo de vida, medicamentos e acompanhamento profissional, dá sim para segurar o avanço da doença e preservar a função dos rins por muitos anos.


Causas da nefropatia diabética

A nefropatia diabética não surge de uma hora para outra.

Ela é resultado de um processo que se desenvolve ao longo do tempo, geralmente ligado ao descontrole do diabetes e a outros fatores que sobrecarregam os rins.

Conhecer as causas é essencial para prevenir e também para entender como a doença se instala.

Veja abaixo as principais causas que contribuem para o desenvolvimento da nefropatia diabética:

  • Descontrole da glicemia: manter níveis altos de açúcar no sangue por muito tempo é a principal causa da nefropatia diabética.
  • Hipertensão arterial (pressão alta): a pressão elevada danifica os vasos sanguíneos dos rins, acelerando a perda da função renal.
  • Histórico familiar: quem tem parentes próximos com doença renal tem maior risco de desenvolver a complicação.
  • Tempo de diabetes: quanto mais anos convivendo com a doença, maior a chance de os rins começarem a falhar.
  • Colesterol alto e triglicérides elevados: gorduras em excesso no sangue também prejudicam os vasos renais.
  • Tabagismo: o cigarro reduz o fluxo sanguíneo nos rins e agrava a inflamação dos tecidos renais.
  • Obesidade: o excesso de peso sobrecarrega os rins e piora o controle do diabetes.
  • Uso excessivo de anti-inflamatórios: o uso prolongado de certos medicamentos pode agredir os rins.
  • Sedentarismo: a falta de atividade física contribui para o descontrole glicêmico e da pressão.
  • Dieta rica em sal e ultraprocessados: esses alimentos aumentam a pressão arterial e sobrecarregam os rins.
  • Desidratação frequente: não beber água suficiente ao longo do dia compromete a função renal.
  • Doenças cardiovasculares associadas: problemas no coração e nos vasos podem acelerar a deterioração dos rins.
  • Resistência à insulina: especialmente comum em pessoas com diabetes tipo 2, dificulta o controle da glicemia.
  • Infecções urinárias de repetição: podem afetar a saúde dos rins se não forem bem tratadas.
  • Excesso de proteína na dieta sem orientação: pode ser prejudicial quando já existe risco de comprometimento renal.

Esses fatores não agem isoladamente. Muitas vezes, estão interligados, criando um cenário de risco que favorece o desenvolvimento da nefropatia diabética.

Por isso, o acompanhamento regular com profissionais de saúde e exames de rotina são tão importantes.


Sintomas da nefropatia diabética

A nefropatia diabética é uma doença traiçoeira.

Nos estágios iniciais, ela costuma ser silenciosa — ou seja, não apresenta nenhum sintoma. Por isso, muita gente só descobre o problema quando ele já está mais avançado.

Mesmo assim, o corpo costuma dar alguns sinais de alerta. Eles podem aparecer aos poucos, e é importante ficar atento.

Veja abaixo os principais sintomas que podem indicar uma possível nefropatia diabética:

  • Urina espumosa
    A presença de espuma na urina pode ser sinal de perda de proteínas, algo comum nos estágios iniciais da doença.
  • Inchaço nas pernas, tornozelos ou pés
    Esse inchaço (chamado de edema) acontece porque os rins têm dificuldade para eliminar o excesso de líquidos do corpo.
  • Aumento da pressão arterial
    A hipertensão pode ser tanto uma causa quanto uma consequência da nefropatia diabética.
  • Cansaço excessivo
    Quando os rins não funcionam bem, o corpo pode acumular toxinas, causando fadiga.
  • Náuseas e vômitos
    Esses sintomas aparecem em fases mais avançadas, devido ao acúmulo de resíduos no sangue.
  • Perda de apetite
    Com o desequilíbrio do metabolismo, o apetite pode diminuir.
  • Coceira intensa
    Principalmente na pele, pode estar ligada ao acúmulo de toxinas no sangue.
  • Urinar mais durante a noite
    É comum no início da doença, quando os rins tentam compensar o mau funcionamento.
  • Pele seca e descamada
    É outro sinal de que os rins estão com dificuldades para eliminar resíduos.
  • Dificuldade de concentração
    O acúmulo de toxinas no sangue também pode afetar o funcionamento cerebral.

Se você convive com diabetes e apresenta algum desses sintomas, não ignore. Pode ser apenas algo passageiro, mas também pode ser o seu corpo pedindo atenção.

Quanto antes procurar ajuda, maiores as chances de controle e qualidade de vida.


Como é feito o diagnóstico da nefropatia diabética

O diagnóstico da nefropatia diabética é feito a partir de uma combinação de exames simples, mas muito importantes.

Eles ajudam a identificar se os rins estão começando a sofrer com o diabetes, mesmo antes de qualquer sintoma aparecer. Isso é essencial para evitar que a doença avance de forma silenciosa.

Os exames devem ser feitos regularmente por quem tem diabetes, principalmente após alguns anos de diagnóstico, ou antes, caso existam outros fatores de risco associados, como pressão alta ou colesterol elevado.

A seguir, explico os principais exames utilizados no diagnóstico da nefropatia diabética:

Exame de urina tipo 1

Esse é um exame básico, que pode mostrar se há perda de proteínas pela urina. Em situações normais, a urina não deve conter proteína alguma.

Quando aparece, é sinal de que os rins estão deixando passar substâncias que deveriam ser retidas no organismo.

Microalbuminúria

Esse é um exame específico que detecta pequenas quantidades de uma proteína chamada albumina na urina.

É um dos primeiros sinais de que os rins estão começando a falhar. Ele é mais sensível do que o exame de urina comum e costuma ser solicitado anualmente para quem tem diabetes.

Albumina/Creatinina urinária

Este exame compara a quantidade de albumina com a de creatinina na urina. Ele oferece uma visão mais precisa da perda de proteína e ajuda a monitorar a progressão da doença renal.

Creatinina no sangue

A creatinina é uma substância eliminada pelos rins. Quando os níveis de creatinina no sangue estão altos, isso pode indicar que os rins não estão conseguindo filtrar corretamente.

É um dos exames mais utilizados para acompanhar a função renal.

Taxa de Filtração Glomerular (TFG ou eTFG)

Esse é um cálculo feito com base nos níveis de creatinina, idade, peso e sexo. Ele indica a “velocidade” com que os rins estão filtrando o sangue.

Uma TFG abaixo de 60 já indica algum grau de comprometimento renal, e quanto mais baixa, mais grave é o quadro.

Exames de sangue para glicemia e hemoglobina glicada (HbA1c)

Embora não sejam específicos dos rins, esses exames são essenciais no controle do diabetes. Eles ajudam a entender se o açúcar no sangue está bem controlado, o que é fundamental para prevenir o surgimento ou a progressão da nefropatia diabética.

Ultrassonografia dos rins

Pode ser solicitada para avaliar o tamanho e a estrutura dos rins. Em estágios mais avançados, os rins podem encolher e perder sua forma normal.

Esses exames, quando avaliados em conjunto, oferecem uma visão completa da saúde renal e permitem iniciar o tratamento no momento certo.

O diagnóstico precoce da nefropatia diabética salva vidas e preserva a qualidade de vida de quem vive com diabetes.


Tratamentos disponíveis para nefropatia diabética

Receber o diagnóstico de nefropatia diabética pode parecer assustador no começo. Mas a boa notícia é que existem vários tratamentos disponíveis — e quanto mais cedo eles forem iniciados, melhores são os resultados.

O tratamento tem como objetivo principal retardar a progressão da doença e preservar a função dos rins pelo maior tempo possível.

Abaixo, explico as principais abordagens utilizadas:

Medicamentos

Os medicamentos são fundamentais no controle da nefropatia diabética. Eles ajudam a proteger os rins, controlar a pressão arterial e equilibrar os níveis de glicose.

  • Inibidores da ECA e bloqueadores dos receptores da angiotensina (BRA): esses medicamentos são usados para controlar a pressão e têm um efeito protetor direto nos rins. Reduzem a perda de proteína pela urina.
  • Antidiabéticos orais ou insulina: manter o açúcar no sangue bem controlado é uma das principais formas de proteger os rins.
  • Estatinas: usadas para controlar o colesterol, que quando elevado pode acelerar o dano renal.
  • Diuréticos: ajudam a eliminar o excesso de líquido, reduzindo o inchaço e a pressão arterial.
  • Novos medicamentos como os inibidores de SGLT2 e agonistas do GLP-1: têm mostrado benefícios renais importantes, além do controle da glicemia e do peso.

É essencial que os medicamentos sejam usados de forma contínua, com acompanhamento médico. Nada de se automedicar ou interromper o uso por conta própria.

Dietoterapia

A alimentação tem um papel decisivo no tratamento da nefropatia diabética. O nutricionista é o profissional ideal para personalizar o plano alimentar, mas alguns pontos são gerais:

  • Redução do sal: ajuda no controle da pressão arterial.
  • Controle da ingestão de proteínas: em excesso, elas podem sobrecarregar os rins.
  • Cuidado com potássio e fósforo: quando os rins já estão comprometidos, esses minerais podem se acumular no corpo.
  • Evitar alimentos ultraprocessados: ricos em sódio, aditivos e gordura ruim.
  • Fracionar as refeições: ajuda a manter a glicemia mais estável.

Ter uma alimentação equilibrada melhora os resultados do tratamento e pode adiar a progressão da doença por muitos anos.

Atividades físicas

Mexer o corpo com regularidade também é parte importante do cuidado com a saúde renal. A prática de exercícios:

  • Ajuda a controlar a glicemia e a pressão arterial
  • Melhora a função cardiovascular
  • Contribui para o controle do peso
  • Reduz a inflamação do organismo

Exercícios simples, como caminhada, bicicleta ou hidroginástica, já trazem grandes benefícios. O importante é ter regularidade e respeitar os limites do corpo.

Hemodiálise

Quando os rins já não conseguem mais cumprir suas funções básicas, pode ser necessário iniciar a hemodiálise.

Ela substitui parte do trabalho dos rins, filtrando o sangue para retirar toxinas e excesso de líquidos.

O processo é feito em clínicas especializadas, geralmente três vezes por semana, com duração média de quatro horas por sessão.

É um tratamento desafiador, mas que permite manter a vida em andamento enquanto se avalia a possibilidade de um transplante.

Transplante renal

Em alguns casos, o transplante de rim pode ser uma alternativa à hemodiálise. O rim pode ser doado por um parente compatível (doação intervivos) ou por um doador falecido.

Apesar de exigir cuidados contínuos e o uso de medicamentos para evitar rejeição, o transplante devolve maior liberdade e qualidade de vida.

Nem todos os pacientes são candidatos, mas para quem pode, é uma possibilidade real de recomeço.


Complicações da nefropatia diabética

Quando a nefropatia diabética não é diagnosticada ou tratada de forma adequada, ela pode avançar silenciosamente e causar uma série de complicações sérias.

Muitas vezes, os sintomas só aparecem quando o problema já está em estágio avançado — por isso, é tão importante manter os exames em dia e seguir o tratamento à risca.

A seguir, listei as principais complicações que podem surgir:

  • Insuficiência renal crônica: os rins perdem progressivamente a capacidade de filtrar o sangue, exigindo tratamentos como a hemodiálise.
  • Hipertensão descontrolada: a pressão arterial pode subir ainda mais quando os rins estão comprometidos, gerando risco de AVC ou infarto.
  • Anemia: a produção de um hormônio chamado eritropoetina, que estimula a fabricação de glóbulos vermelhos, é reduzida, levando à anemia.
  • Retenção de líquidos: causa inchaços nas pernas, tornozelos, pés e, em casos graves, no pulmão.
  • Aumento de potássio no sangue (hipercalemia): pode causar arritmias e até parada cardíaca.
  • Doença óssea: com o desequilíbrio de cálcio e fósforo, os ossos ficam mais fracos e quebradiços.
  • Comprometimento do sistema nervoso: a combinação de diabetes e insuficiência renal pode causar neuropatia mais intensa.
  • Acúmulo de toxinas no sangue: gera cansaço extremo, náuseas, confusão mental e perda de apetite.
  • Redução da imunidade: aumenta o risco de infecções graves.
  • Necessidade de hemodiálise ou transplante renal: nos estágios finais, essas são as únicas opções viáveis de tratamento.

Essas complicações não surgem de uma hora para outra. Elas são fruto de uma evolução silenciosa, mas que pode ser evitada com diagnóstico precoce, tratamento contínuo e pequenas mudanças no estilo de vida.


Como conviver com a nefropatia diabética

Conviver com a nefropatia diabética pode parecer difícil no começo. Quando recebi o diagnóstico, confesso que senti medo, insegurança e um certo desânimo.

Mas, aos poucos, entendi que isso não significava o fim da minha qualidade de vida — e sim o começo de um novo jeito de cuidar de mim.

Aprendi que aceitar a condição não é o mesmo que se entregar. Pelo contrário. Significa entender o que o corpo precisa, criar rotinas saudáveis e manter o foco no que está sob nosso controle.

Não é sobre perfeição, é sobre constância.

Adotar uma alimentação equilibrada, fazer acompanhamento médico regular, tomar os medicamentos no horário certo e praticar atividades físicas são atitudes simples que, com o tempo, viram parte do dia a dia.

E sim, tem dias difíceis. Mas eles passam. E com informação, apoio e um pouco de paciência, tudo fica mais leve.

Também é importante lembrar que você não está sozinho. Existem grupos de apoio, profissionais preparados para te orientar e familiares que podem caminhar junto com você.

Cuidar da saúde renal é uma forma de amar a si mesmo. E quanto mais cedo a gente entende isso, melhor.

A nefropatia diabética exige atenção, mas não impede você de viver com dignidade, autonomia e até alegria. O segredo está em dar um passo de cada vez — e não desistir.


10 Curiosidades sobre nefropatia diabética

Você já ouviu falar muito sobre nefropatia diabética, mas talvez não conheça esses dados e fatos que mostram a importância do tema:

1. A nefropatia diabética é a principal causa de diálise no Brasil
Mais da metade das pessoas em hemodiálise no país tem diabetes como causa da falência renal. É um dado alarmante, mas que reforça a importância da prevenção.

2. Nem todo mundo com diabetes vai desenvolver nefropatia
É verdade. Com bom controle da glicemia e da pressão arterial, muitos pacientes vivem a vida inteira sem apresentar problemas renais.

3. O problema é silencioso
Nos estágios iniciais, a nefropatia não dá sinais. Isso torna os exames de rotina ainda mais essenciais.

4. A albuminúria é o primeiro sinal de alerta
É a presença de proteína na urina. Mesmo em pequenas quantidades, já indica que os rins podem estar sofrendo.

5. Mulheres grávidas com diabetes precisam de cuidado redobrado
A nefropatia pode se agravar na gestação, exigindo monitoramento constante.

6. A nefropatia pode evoluir mesmo com glicemia controlada
Outros fatores como hipertensão e genética também influenciam a progressão da doença.

7. Controle da pressão arterial é tão importante quanto o controle do açúcar
Muita gente foca só na glicemia, mas manter a pressão nos níveis ideais é essencial para proteger os rins.

8. Alimentação rica em sódio acelera o dano renal
Reduzir o sal é uma das medidas mais importantes na prevenção e controle da nefropatia.

9. Existem medicamentos protetores dos rins
Inibidores da SGLT2 e bloqueadores do sistema renina-angiotensina têm mostrado bons resultados em pacientes com nefropatia.

10. Exercício físico melhora a função renal
Com orientação médica, movimentar o corpo pode ajudar a desacelerar o avanço da doença.


Mitos e verdades sobre nefropatia diabética

Muita gente ainda tem dúvidas e ideias erradas sobre a nefropatia diabética. Separei aqui 5 mitos e 5 verdades que escuto com frequência. Isso vai te ajudar a entender melhor o problema e a se proteger de informações falsas.

Mitos

  • “Só quem tem diabetes tipo 1 desenvolve nefropatia.”
    Mito. A condição pode aparecer tanto no tipo 1 quanto no tipo 2 de diabetes.
  • “Se a urina está normal, os rins estão saudáveis.”
    Mito. A função renal pode estar comprometida mesmo com aparência normal da urina.
  • “Nefropatia diabética não tem tratamento.”
    Mito. Tem tratamento sim! E quanto mais cedo começar, maiores as chances de estabilizar a condição.
  • “Precisa cortar totalmente a proteína da alimentação.”
    Mito. A restrição é avaliada caso a caso por um nutricionista, não é uma regra universal.
  • “A hemodiálise é o único caminho.”
    Mito. A diálise é necessária apenas nos estágios mais avançados. Com cuidado, é possível evitar que o problema chegue a esse ponto.

Verdades

  • “A pressão alta piora a função dos rins.”
    Verdade. A hipertensão descontrolada acelera o dano renal.
  • “O excesso de açúcar no sangue danifica os vasos dos rins.”
    Verdade. Por isso o controle glicêmico é essencial.
  • “O diagnóstico precoce pode evitar complicações.”
    Verdade. Quanto antes for identificado, mais eficaz é o tratamento.
  • “Beber pouca água pode prejudicar os rins.”
    Verdade. A hidratação adequada ajuda na filtragem e na saúde renal.
  • “É possível viver bem com nefropatia diabética.”
    Verdade. Com acompanhamento e mudança de hábitos, muita gente convive com a condição sem perder qualidade de vida.

Perguntas frequentes sobre nefropatia diabética

E para finalizar o nosso super artigo, separei algumas dúvidas diretamente do meu consultório que é pra trazer a vivência direta para o nosso blog. Bora conferir?

1. Nefropatia diabética tem cura?
Infelizmente, não tem cura definitiva. Mas tem tratamento! Com acompanhamento médico e controle rigoroso da diabetes e da pressão, é possível estabilizar a doença e evitar que ela avance.

2. Quais exames detectam a nefropatia diabética?
Os principais exames são: creatinina no sangue, taxa de filtração glomerular (TFG), exame de urina tipo 1 e a dosagem de albumina na urina. Todos simples e acessíveis, geralmente feitos no SUS ou em planos de saúde.

3. A nefropatia diabética sempre leva à hemodiálise?
Não. A hemodiálise só é necessária em casos avançados e quando não há mais função renal suficiente. Com diagnóstico precoce e tratamento correto, é totalmente possível evitar esse estágio.

4. Quem tem nefropatia pode comer sal normalmente?
Não. A recomendação é reduzir o consumo de sódio para proteger ainda mais os rins e controlar a pressão arterial. O ideal é temperar os alimentos com ervas naturais e evitar ultraprocessados.

5. Posso praticar atividades físicas tendo nefropatia diabética?
Sim! A atividade física moderada e regular é altamente recomendada. Claro, com acompanhamento médico e respeitando os limites do corpo.

6. Quais os primeiros sinais da nefropatia?
No começo, a doença é silenciosa. Mas sinais como inchaço nas pernas, urina espumosa e aumento da pressão arterial podem surgir com o tempo.

7. É possível prevenir a nefropatia diabética?
Sim. O melhor caminho é manter a glicemia controlada, cuidar da alimentação, controlar a pressão e fazer exames de rotina. A prevenção é a arma mais poderosa.

8. A alimentação faz diferença no tratamento da nefropatia?
Com certeza. Uma alimentação com menos sal, açúcar e proteínas em excesso ajuda a manter os rins funcionando melhor e a controlar tanto a diabetes quanto a pressão.


Diabetes também afeta os olhos

Como você viu, a nefropatia diabética é silenciosa, por isso, se você tem diabetes, cuide dos seus rins com carinho.

Fique atento aos sinais, mantenha seus exames em dia e lembre-se: prevenção ainda é o melhor caminho. Seu corpo agradece.

E já que você aprendeu como a diabetes afeta os rins, que tal descobrir como a doença também afeta os olhos? Para isso, é só clicar no link abaixo!

Cegueira na diabetes

Cegueira na diabetes: 4 problemas oculares causados pelo excesso de glicose!

Julia Liedge Carvalho

Formada em biomedicina e nutrição, é especialista em fitoterapia, nutrição clínica, diabetes & metabolismo. Atua atendendo pacientes diabéticos há mais de uma década, com mais de 1.500 vidas transformadas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *